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Estudantes de Engenharia de aquicultura visitam empreendimentos aquícolas na AM-010

por publicado: 11/12/2019 20h46 última modificação: 12/12/2019 10h54

O IFAM Campus Presidente Figueiredo proporcionou aos estudantes de Engenharia de Aquicultura visita em empreendimentos aquícolas ao longo da rodovia AM-010 e na região denominada de baixo Rio Urubu, nas proximidades da cidade de Itacoatiara. A atividade foi realizada nos dias 03 e 04 de dezembro de 2019 e contou com a participação dos professores do curso de Engenharia de Aquicultura, Jackson Pantoja Lima, Diretor Geral do IFAM Campus Presidente Figueiredo, Clarice Sousa, doutora em Física e o professor Luiz Carlos, docente de engenharia elétrica e automação.

Em Itacoatiara, a visita foi realizada na propriedade denominada “OKA´S FISH”, localizada à margem direita da Rodovia Estadual AM-010, km 214, no Ramal do Muirapucuzinho km 7. O empreendimento tem como espécies-alvo a criação de matrinxã e tambaqui em gaiolas instaladas no leito do Rio Urubu. Segundo o Engenheiro de Pesca Leonardo Souji Maeda, responsável técnico do  empreendimento, o cultivo conta hoje com 73 gaiolas de aço inox, com dimensões variadas, sendo as maiores gaiolas a terem as dimensões de 9m x 12m x 3 m, onde podem ser produzidas de 7 a 9 toneladas de peixes. Além de tanques em aço inox há também na propriedade viveiros semi-escavados com área total de 4 hectares. Maeda comenta que a atividade está devidamente documentada através da inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural – CAR, possuindo Certificado de Licença de Aquicultor/MAPA e no IPAAM.

Para o Diretor Geral, “a visita é uma oportunidade para os estudantes verem casos de sucesso da piscicultura tecnificada em nosso estado, o que mostra que o IFAM está no caminho certo quando criou o curso de Engenharia de Aquicultura” ressalta Jackson Pantoja. O professor comenta ainda que o Estado do Amazonas compra de estados vizinhos como Rondônia e Roraima quase 80 mil toneladas de tambaqui, isso significa que podemos estar enviado para outros estados quase 500 milhões de reais em divisas, ou seja, gerando emprego e renda em outros estados. “A formação de obra em Engenharia de Aquicultura com certeza contribuirá para redução dessa dependência de estados vizinhos” enfatiza Jackson Pantoja.

Para a professora Clarice Sousa a visita foi essencial para aproximar os docentes de áreas básicas da engenharia de aquicultura, como as disciplinas de física I e II, com a realidade de atuação do profissional Engenheiro de Aquicultura. “A visita permitiu a mim e aos estudantes a materialização dos conhecimentos que estamos vendo em sala de aula, por exemplo, o uso de polias ou roldadas e ao chegarmos aqui nos deparamos com um sistema de motores com polias acopladas que suspendem as gaiolas que em seu volume tem quase 9 toneladas de peixes. Isso é fantástico, pois aproxima o conhecimento da física com o dia a dia de um estudante”, enfatiza a professora.

Os alunos visitaram também a criação de peixes em sistema intensivo com aeração no Km 65 da AM-10, de propriedade do Sr. Luiz Bonfá, Presidente da Associação dos Aquicultores independentes do Estado do Amazonas – AQUAM.

A propriedade trabalha com criação de tambaqui em sistema de tanques semi-escavados, com uso de aeração suplementar no período noturno, onde se utiliza 4 aeradores de 1,5 CV por hectare (10mil metros quadrados). Segundo Bonfá a propriedade está toda licenciada junto aos órgãos ambientais, o sistema de cultivo com aeração foi um trabalho desenvolvido em parceria com a Embrapa Amazônia Ocidental. A propriedade tem uma produtividade média de 20 toneladas por hectare, podendo chegar até as 24 toneladas, contudo, aumenta os riscos da criação. Segundo Bonfá, “a criação intensiva requer uma profissionalização, um cuidado muito elevado com a qualidade da água, da alimentação e da disponibilidade de geradores alternativos para os casos de falta de energia para os aeradores. Aqui na propriedade se monitora a água de manhã e de tarde, registrando oxigênio e pH. Em dias chuvosos não se alimenta, entre outras coisas”, ressalta Bonfá.

Durante a visita os alunos também puderam ver o funcionamento dos aeradores e a alimentação dos peixes com alimentador mecanizado acoplado ao trator rural. “Essa sem dúvida é um experiência muito valiosa para os futuros engenheiros de aquicultura do Estado do Amazonas”, finaliza Jackson Pantoja.

 

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O curso de Engenharia de aquicultura tem objetivo formar profissionais em nível de graduação, capazes em contribuir com o desenvolvimento da aquicultura brasileira, em especial da região metropolitana de Manaus, maior consumidora de pescado da Amazônia, e demais estados do Norte do Brasil. São objetivos específicos do curso: 1. proporcionar formação holística, cidadã e ética; 2. Preparar profissionais para desempenhar funções na área de aquicultura e de beneficiamento de pescado, empregando técnicas adequadas de gestão em processos de planejamento, organização e controle dos recursos; 3. Prover o aluno do  conhecimento  legal  e  técnico-científico  dos  processos  de planejamento, organização, execução e controle das atividades inerentes às atividades aquícolas; 4. Desenvolver a capacidade empreendedora dos profissionais; 5. Contribuir para a promoção da democratização do ensino e elevação do nível de qualificação profissional; 6. Buscar o aperfeiçoamento profissional continuado, integrando os conhecimentos adquiridos com a realidade local, regional e nacional; 7. Desenvolver competências técnicas e gerenciais, preservando o equilíbrio entre aspectos teóricos e práticos, favorecendo a participação dos alunos em atividades produtivas e significativas do ponto de vista educacional e da aquicultura; 8. Inserir no mercado de trabalho profissionais capazes de realizar a integração institucional do IFAM à comunidade e setores produtivos; 9. Aprimorar   a   capacidade   de   interpretação,   reflexão   e   análise   acerca   dos conhecimentos adquiridos, bem como a integração e síntese dos mesmos; 10. Formar profissionais com responsabilidade social e ambiental; 11. Absorver e gerar tecnologias para o desenvolvimento de técnicas de manejo, controle e automação da aquicultura que atendam as especificidades da região Amazônica; 12. Realizar pesquisa e extensão de qualidade para promover o desenvolvimento da aquicultura na região de Metropolitana de Manaus.

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