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Alunos do CMZL conhecem realidade da agricultura na Etiópia

Potenciais e desafios da agricultura etíope foi tema de palestra para os estudantes de agroecologia do CMZL
por Ana Paula Batista publicado: 14/02/2017 08h28 última modificação: 14/02/2017 08h49

Na manhã desta segunda-feira, 13 de fevereiro, duas turmas do curso Agroecologia do Campus Manaus Zona Leste (CMZL) estiveram na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) para assistir a palestra do etíope Betewulign Eshetu Adem, estudioso da Arba Minch University (AMU) sobre a produção vegetal na Etiópia. 

Os alunos acompanhados pelo professor e biólogo Valdely Kinupp conheceram os potenciais, conquistas e desafios que a Etiópia enfrenta no setor da agricultura. 

Para o estudante do 3º ano de Agroecologia, Bruno Lima, 20 anos, a palestra mudou totalmente sua percepção sobre o país africano. "Acho que a mídia por muito tempo propagou a imagem de um país que tinha recursos naturais muito escassos e por isso, a pobreza era tão visível. Mas a partir do relato do professor Betewulign, soubemos que a região tem muita incidência de chuva e que o solo deles é muito fértil", relatou.

Em sua exposição, o professor Betewulign destacou que 85% do investimento na agricultura da Etiópia vem de capital estrangeiro. "A agricultura é um dos setores mais fortes no meu país. Temos uma população de 100 milhões de habitantes e cerca de 83% da população vive de atividades ligadas a indústria agrícola. Hoje, nosso maior gargalo são os pequenos agricultores que possuem poucas terras e quase nenhuma tecnologia para aplicar no campo", disse ele que ressaltou que o país possui 32 zona de agroecologia.

INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTOS

A vinda do professor etíope para Manaus faz parte de um projeto entre a Embrapa, a Embrapa Amazônia Ocidental, a UNESP campus Botucatu, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e o Instituto Federal de Educação do Amazonas (IFAM).

Em março, diversos profissionais brasileiros, dentre eles o professor Valdely Kinupp estarão embarcando para a Etiópia e Moçambique. O objetivo será conhecer as feiras, produtores locais e novas plantas alimentícias. "Devemos buscar alternativas para a merenda escolar. Não é apenas alface e couve que pode ser inserida na alimentação dos estudantes. Há diversas outras plantas com alto teor nutricional que podem ser incorporadas na merenda", destacou Kinupp. 

O professor Kinupp é um dos maiores estudiosos no Brasil na pesquisa das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC).