A fim de garantir o melhoramento genético de tambaquis e a segurança alimentar do pescado que chega a mesa do consumidor amazonense, o Instituto Federal do Amazonas (IFAM) iniciou hoje, 06 de abril, a chipagem de matrizes e reprodutores de tambaquis no Campus Manaus Zona Leste (CMZL) .

O processo de chipagem reuniu a gestão do IFAM, técnicos, professores, alunos e ex-alunos do curso Técnico em Recursos Pesqueiros no campus para a marcação eletrônica de 20 tambaquis, oriundos da BR-174 e do Centro de Tecnologia, Treinamento e Produção de Balbina (CTTPA), localizado em Presidente Figueiredo (distante 107 km de Manaus).

Para o coordenador do projeto, Pedro Alves, esta nova etapa de acompanhamento do pescado vai proporcionar maior contato do estudante e o objeto de estudo.

“Nossos alunos têm agora a oportunidade de colocar em prática tudo o que é visto em sala de aula. Aqui no campus, eles poderão acompanhar toda a cadeia produtiva do pescado, desde o processo de reprodução até a venda ao consumidor”, disse o médico veterinário.

A segurança alimentar foi um dos pontos levantados pelo reitor do IFAM, Antonio Venâncio Castelo Branco. Segundo ele, o campus passará a ofertar um animal com procedência garantida.

“Com o melhoramento genético temos peixes mais produtivos e geneticamente superiores, o que acaba impactando positivamente no retorno econômico da atividade, além de proporcionar um peixe saudável ao consumidor amazonense. Nossa missão é continuar investindo nestas experiências de sucesso e ampliando o conhecimento e a técnica para os outros campi no estado”, destacou Castelo Branco.

“Peixes com RG”

O peixe recebe um microchip próximo à nadadeira dorsal que contem uma numeração única. Após a chipagem, o animal passa pela medição e pesagem para acompanhamento mensal. Com base nestes dados, os especialistas podem acompanhar a evolução do animal e seu período de reprodução.

Segundo o diretor do CMZL, Aldenir Caetano, o campus já vislumbra outras formas de inovação na área de pesca. “Nosso próximo passo é aproveitar o couro do animal e beneficiá-lo. Além disso, já estamos trabalhando na definição de um protocolo de captura de pirarucu, evitando assim que o animal se estresse”, ressaltou.

Pesquisa Aplicada à Pesca e Aquicultura

Desde 2006, o IFAM possui o Núcleo de Formação Humana e Pesquisa Aplicada à Pesca e Aquicultura (NUPA 1) que além de trabalhar a formação técnica junto as comunidades, também promove pesquisa que visa o desenvolvimento sustentável da pesca e aquicultura no Amazonas.

Atualmente o NUPA está presente, como subnúcleos, em seis campi: Manaus Zona Leste, Presidente Figueiredo, Maués, Tabatinga, Parintins e Lábrea.