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Em live, IFAM celebra o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

por publicado: 15/02/2023 19h54 última modificação: 15/02/2023 20h29

O dia 11 de fevereiro é marcado anualmente pelo Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, momento em que instituições de ensino e pesquisa comemoram com ações que visam a equidade de gênero na ciência a partir da valorização de profissionais cientistas mulheres. Para comemorar a data, o Instituto Federal do Amazonas (IFAM) realizou a live ‘Trajetórias de mulheres na Ciência: vozes, desafios e perspectivas’, na tarde desta quarta-feira (15), com transmissão via TV IFAM (Youtube).

Promovida pelas pró-reitorias de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PPGI) e de Extensão (Proex) em formato de roda de conversa, a live reuniu mulheres do IFAM e de outras instituições da região amazônica e teve como finalidade compartilhar trajetórias, desafios e conquistas, inspirar gerações futuras a seguir na área científica e tecnológica e apresentar possibilidades de fomento de pesquisas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

A roda de conversa foi mediada pela coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da PPGI/IFAM, professora Flávia Camila Schimpl que, antes de iniciar a atividade, compartilhou um panorama sobre a atuação das mulheres no campo científico no Brasil. “Mundialmente a participação de mulheres na ciência é em torno de 30%, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). No Brasil, é um número maior, em torno de 44%, de acordo com o CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Embora no Brasil, estejamos caminhando para um número semelhante de cientistas homens e mulheres, estima-se que, em uma década, o número de pesquisadoras irá superar o número de pesquisadores do gênero masculino. A progressão na carreira científica é mais lenta e difícil para as mulheres. Diversos cargos relacionados à academia e à ciência nunca foram ocupados por mulheres. De forma que se encontram muitas mulheres na base da carreira científica, enquanto no topo, existem muito mais homens”, afirmou.

Schimpl destacou ainda os números de mulheres envolvidas com pesquisa no IFAM. “Das 250 bolsas de Iniciação Científica (IC) vigentes em 2023, 61% dos nossos bolsistas são meninas. No entanto, as orientadoras são minoria, 38%. Em relação aos bolsistas de produtividade, temos 3, e um deles é mulher”, disse. 

Uma das convidadas da roda de conversa foi a professora Fernanda Tunes Villani, do IFAM - Campus Manaus Centro, que desenvolve projetos voltados para o tingimento natural a partir de plantas da Amazônia e solos. Na ocasião, destacou a oportunidade de atuar junto com alunos do ensino médio. “Adoro ser professora do integrado porque a gente vivencia junto com esses meninos e meninas. Ver a evolução deles é muito rico”, ressaltou.

Villani esteve acompanhada das egressas Maria Eduarda Silva e Danelly Yasmim Otiniano Lima que compartilharam a experiência em participar de projetos de pesquisa e extensão coordenados pela professora. “Foi uma experiência incrível. Foi uma gama de conhecimentos tanto na área da química, como em outras áreas como a biologia, a botânica. Foi importante para nossa formação não só técnica, mas também para ensinamentos futuros e que nos guiaram até aqui. Somos novas e fazer parte de um projeto grande dentro do meio científico teve uma importância. Foi de certa forma uma responsabilidade, não foi fácil. Tínhamos que dividir tempo com os projetos e ainda com as aulas, mas foi gratificante”, compartilhou Lima. 


Participaram também da roda de conversa, Fernanda de Pinho Werneck, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Márcia Irene Andrade Mavignier, da Fapeam, e a professora Thyssia Bomfim Araújo da Silva, do IFAM - Campus Presidente Figueiredo.

  • SOLENIDADE DE ABERTURA DA LIVE

Antes de iniciar a roda de conversa, o público da live teve a oportunidade de assistir ao vídeo de pronunciamento da ministra de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Barbosa de Oliveira Santos. “Quero dizer que, com a responsabilidade de ser a primeira mulher a assumir a função de ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação no país, aumenta ainda mais as minhas responsabilidades na direção de garantir que esse ministério, além de virar a página na negação da ciência, volte a cuidar de ter políticas que incluam as mulheres. Eu bem sei os limites que a vida nos impõe e, na carreira científica, muitas questões desse cotidiano ainda dificultam, principalmente, quando há qualquer necessidade de interrupção e isso rebate nos indicadores. Portanto, a permanência das mulheres na ciência tem tido muitas dificuldades e nós precisamos superá-las para adequar os editais públicos, para que atenda as necessidades das mulheres”, enfatizou.


A presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e reitora do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), professora Maria Leopoldina Veras Camelo, também esteve presente na abertura da live. “Parabenizo toda a comunidade do IFAM pela iniciativa que foca em um tema tão importante que é o incentivo, a valorização do trabalho das meninas e das mulheres no campo da educação. É uma iniciativa gloriosa, temos que continuar seguindo, fortalecendo, estimulando para que ela seja comum dentro da nossa Rede Federal. A luta é árdua, bastante difícil, mas estamos sim ganhando espaço. Que sigamos nessa luta para que possamos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, mais humana, unida e que saiba valorizar o trabalho de cada um de nós, seres humanos”, disse.


Durante a abertura, o reitor do IFAM, professor Jaime Cavalcante Alves, reforçou os valores institucionais. “O IFAM é uma instituição que busca em todas as suas ações a efetivação de uma política igualitária, de um instituto democrático e inclusivo. Você só vai permitir a inserção de cada vez mais mulheres e meninas na pesquisa, quando também tiver uma política de democratização do acesso cada vez mais forte das mulheres ao ensino, seja no fundamental, no técnico de nível médio ou na graduação. Cada vez mais precisamos ter políticas que possibilitem a mulheres e meninas educação pública de qualidade”, disse.

As pró-reitoras Maria Francisca Morais de Lima (Extensão) e Rosangela Santos da Silva (Ensino e o pró-reitor Jucimar Brito de Souza (PPGI) estiveram presentes na solenidade de abertura da live.

  • SOBRE A DATA

A data foi instituída em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas, sob a liderança da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da ONU Mulheres. O evento alusivo, acontece em diversos países, com atividades que visam dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica. 

Mais informações sobre a live: https://www.even3.com.br/dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-313542?even3_orig=events_eventlist 

A live pode ser conferida no link: https://www.youtube.com/watch?v=jZ-E3H_8x8c