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Mesa redonda debate desafios e avanços da Pesquisa e Inovação nos Institutos Federais

A atividade fez parte do 4° Seminário de Inovação Tecnológica do IFPB
por publicado: 23/11/2017 09h51 última modificação: 23/11/2017 09h54

Os professores Alfredo Gomes Neto (IFPB), José Pinheiro (IFAM) e Luciano Toledo (IFES) trataram do tema “Pesquisa e Inovação nos Institutos Federais: um desafio possível”, na segunda atividade de hoje (22) do 4° Seminário de Inovação Tecnológica do IFPB (Sintif).

Em sua exposição o professor José Pinheiro apresentou dados sobre a evolução da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que passou de 140 unidades, em 2002, para 644 unidades em 2016. “Pensar no desenvolvimento de Pesquisa e Inovação para todas as unidades dentro de suas diversidade é um desafio muito grande”, destacou.

Pinheiro afirmou que é necessário ampliar os conceitos de Pesquisa e Inovação a aplicações para problemas do dia-a-dia e não associar apenas às áreas de tecnologia, informática e eletrônica.

Outro dado de 2015, que reflete um avanço na área, foi aumento no número de concessão de bolsas de Iniciação Científica que chegou a 9.000 bolsas, distribuídas para 500 unidades em todo o país. “É na Iniciação Científica que o aluno pega o gosto pela pesquisa”, frisou Pinheiro.

De 455 projetos de pesquisas cadastrados em 2007, a Rede Federal teve um aumento de 2000% em 2015 alcançando o número de 9 mil projetos. “Temos um potencial muito grande em pesquisa aplicada”, avaliou Pinheiro. O docente finalizou enfatizando que a Rede Federal precisa criar uma cultura de Pesquisa e Inovação.

Já o professor Luciano Toledo avalia que os Institutos Federais têm um grande potencial, mas precisam ousar mais no ensino para potencializar os resultados em Pesquisa e Inovação, com foco na solução de problemas. Segundo o docente, o desenvolvimento da inovação faz crescer a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Toledo também acredita que outro ponto crucial para o desenvolvimento de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) para os IFs é estabelecer parcerias com empresas. “Os institutos precisam vender a resistência em constituir parcerias com a iniciativa privada. Precisamos abrir nossos laboratórios para atender as demandas do mercado. É com isso que podemos desenvolver mais pesquisas e fazer a economia do país crescer”, destacou.

“Do ponto de vista de quem está na bancada, com a mão massa posso dizer que é um desafio possível fazer pesquisa”, afirmou o professor Alfredo Gomes Neto. O docente defende que é preciso estar atento a evolução tecnológica, porque ela norteia as demandas do mercado, mas é preciso entender que os fundamentos teóricos permanecem.

Alfredo também credita aos Institutos Federais o papel de desenvolver P&I no Brasil, principalmente pela amplitude de atuação dos IFs, que atuam em diversos setores e várias áreas.

Para o docente o pesquisador tem que colocar em prática os conhecimentos, não apenas simular pesquisas em softwares, mas aplicá-las em atividades reais. “Não podemos abrir mão da teoria, simulação e experimentação. A pesquisa e a inovação permeiam essas três áreas”, reforçou.

O professor Alfredo disse que os institutos precisam entender a importância de transferir a tecnologia produzida por eles para o setor produtivo. “O Brasil não pode abrir mão da inovação e da pesquisa. Ou a gente inova ou sempre seremos um país dependente”, finalizou.

Fonte: IFPB (https://eventos.ifpb.edu.br/index.php/index/index/announcement/show/84)