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Núcleo de Tecnologia Assistiva do IFAM trabalha em parceria no desenvolvimento de sensores esportivos para velocistas cegos

Uma das metas é aplicar a tecnologia do projeto na vida cotidiana de pessoas com deficiência
por Ana Paula Batista publicado: 10/04/2017 08h05 última modificação: 10/04/2017 08h14

Na busca da promoção da independência e autonomia das Pessoas com Deficiência (PCD), pesquisadores amazonenses estão desenvolvendo uma nova tecnologia que permitirá a velocistas cegos correrem sem a ajuda do atleta-guia, com a criação de um macacão que receberá sinais dos sensores instalados nas pistas e transformará em estímulos táteis aos atletas.

O projeto liderado pela coordenadora do Centro de Inovação em Controle, Automação e Robótica Industrial (CICARI), Ana Carolina Oliveira Lima é desenvolvido em parceria com o Instituto Federal de Educação do Amazonas (IFAM), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Nilton Lins.

Esta nova tecnologia está concorrendo no Sports Technology - competição internacional que premiará as inovações no mercado esportivo no dia 04 de maio, em Londres.

Um dos parceiros no projeto é o IFAM que desde 2007 por meio do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE) vem trabalhando recursos e serviços que ampliam as habilidades funcionais dos PCDs, sendo a única instituição da região Norte a ser chancelada pelo Governo Federal no desenvolvimento de tecnologias assistivas.

Segundo o coordenador sistêmico do núcleo, Dalmir Pacheco, promover a independência destas pessoas por meio da acessibilidade arquitetônica, pedagógica, atitudinal e, principalmente, a acessibilidade comunicacional é uma das missões do Núcleo de Tecnologia Assistiva (APOEMA).

“Nosso trabalho é desenvolver tecnologias que promovam a autonomia e o empoderamento das pessoas com deficiência. Para isso, temos três projetos que trabalham de forma integrada: o Curupira que oferta capacitação profissional ao PCD; o Arumã que capacita profissionais para atuar na Educação Especial e o APOEMA que concebe e desenvolve tecnologias assistivas”, informando que um dos objetivos é a aplicabilidade da pesquisa para o cotidiano e não apenas aos paratletas.

O reitor do IFAM, Antonio Venâncio Castelo Branco, destacou que a instituição tem atuado fortemente na inclusão dos alunos com deficiência nas atividades acadêmicas. “Por meio do NAPNE temos materiais traduzidos para libras e com audiodescrição a fim de atender os alunos cegos. Além disso, contratamos profissionais de libras para atuar nas salas de aula e estamos adaptando os campi mais antigos para atender a mobilidade destes alunos, atendendo o disposto na Lei nº7.835/89 e no Decreto nº 3.298/99 que balizam a política nacional para a integração do PCD", ressaltou.