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Pesquisador cria sistema para inclusão tecnológica de idosos

Projeto tornará possível a geração de aplicativos para smartphones, com o intuito de auxiliar os idosos no manuseio das novas tecnologias.
por Vanessa Sena publicado: 23/02/2016 09h10 última modificação: 23/02/2016 09h10

Um projeto de pesquisa desenvolvido pelo pesquisador Leonardo Duarte, com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), pretende construir um sistema que permitirá o desenvolvimento de aplicativos para smartphones voltadas para auxiliar os idosos no manuseio de novas tecnologias. A previsão é que o sistema esteja pronto para uso a partir do segundo semestre de 2017.

Intitulado “Interacess-Arquitetura de Referência para Acessibilidade de Interfaces de Smartphones”, o sistema trata-se de um conjunto de práticas e documentações que tornará possível a geração de vários aplicativos para smartphones com a intenção de aprimorar o conteúdo para o público idoso.

Pesquisador do Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Inovação - Campus Manaus Zona Leste, Leonardo Duarte explicou que o surgimento de novas tecnologias eletrônicas, como tabletes, smartphones e smartwatches, limitam a faixa etária de uso que fica entre 11 a 36 anos. Esse limite etário, segundo ele, norteia fabricantes, prestadores de serviço e usuários de forma geral.

“Essa perspectiva torna o público idoso cada vez mais alheio e desinteressado pela tecnologia ao se deparar com dificuldades de uso e falta de identificação funcional com mais 90% dos produtos eletrônicos atualmente. Essa pesquisa é idealizada e orientada como um marco unificador desse público, em vias de “exclusão tecnológica” com o mercado da eletrônica de consumo, que oferece tantos produtos, mas ainda não norteou sua construção com esse foco”, disse o pesquisador.

O sistema está sendo desenvolvido com recursos do Programa de Apoio à Pesquisa (Universal Amazonas) da Fapeam que tem como objetivo apoiar atividades científicas e/ou tecnológicas com contribuição significativa para o desenvolvimento do Amazonas.

Para Leonardo Duarte, além a inclusão dos idosos, o sistema permitirá o compartilhamento de novos conhecimentos com os participantes para construção de arquiteturas de software, área tecnológica e fomento a produtividade dos programadores da área. “A pesquisa está prevista para ter seus primeiros apps funcionando em 18 meses”, disse Duarte.

Metodologia

De acordo com ele, a ferramenta funcionará da seguinte forma: o programador ou engenheiro de software irá visualizar a arquitetura do Interacess e terá uma visão geral para a construção de sua própria aplicação.

Segundo ele, o sistema simula uma receita de bolo que apresentará o passo a passo para o desenvolvimento dos apps para o público idoso. “A arquitetura Interacess não terá custos para sua utilização, porém os desenvolvedores que a utilizarem podem construir aplicações gratuitas e pagas”, disse Leonardo Duarte.

Atualmente, as pesquisas estão direcionadas para o levantamento bibliográfico e documental das soluções já existentes e treinamento dos participantes nas tecnologias que serão desenvolvidas.

O próximo passo será a organização dos requisitos arquiteturais, ou seja, quais características computacionais as aplicações possuem em comum, de forma geral. Segundo o pesquisador, vencidas estas etapas, a equipe iniciará a construção de requisitos dos componentes arquiteturais, onde serão levantadas tecnologias, metodologias e modelos de programação e documentação para cada componente da arquitetura.

O último passo é a validação da arquitetura de referência por meio de estudos de casos e experimentos envolvendo programadores e o público alvo das apps: os idosos.

Fonte: Agência Fapeam