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Saberes e Tradições: IFAM capacita professores indígenas no Amazonas

Só no Amazonas, o IFAM já certificou 100 professores indígenas em Lábrea e São Gabriel da Cachoeira
por Ana Paula Batista publicado: 17/04/2018 09h05 última modificação: 17/04/2018 09h05

Formar professores indígenas bilíngues e multilíngues para atuar nos anos iniciais da educação básica de escolas indígenas é um dos objetivos do Programa Saberes Indígenas na Escola. O programa é uma política pública federal da Secretaria de Educação, Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC/FNDE) e no Instituto Federal do Amazonas (IFAM) executada pela Coordenadoria Geral de Educação Escolar Indígena.

Desde 2015, o IFAM já formou 100 professores indígenas nos campi Lábrea (distante 852 km da capital) e São Gabriel da Cachoeira (distante 850 km da capital) por meio do curso de aperfeiçoamento da ação Saberes Indígenas. Os profissionais irão lecionar nas escolas municipais e estaduais, além das escolas situadas em comunidades e aldeias indígenas.

De acordo com o IBGE, o Amazonas registra mais de 66 etnias e 29 línguas indígenas. Atualmente, o IFAM possui 855 estudantes que se declaram indígena em cursos do ensino médio técnico e do ensino superior.

Segundo a coordenadora geral da Educação Escolar Indígena no IFAM, Dinorah Cordeiro, a instituição está em processo de construção de materiais didáticos para o público indígena. “Os professores cursistas e formadores propuseram a elaboração de cartilhas, jogos e vídeos didáticos que se apliquem e sejam coerentes com a história e a realidade dos povos indígenas”, informou.

O reitor do IFAM, Antonio Venâncio Castelo Branco, destacou que o objetivo é motivar os professores e as comunidades indígenas e, principalmente, aliar os saberes tradicionais com os conhecimentos formais, respeitando a interculturalidade e o bilinguismo destes povos. “São muitos desafios no letramento e numeramento de estudantes em língua indígena e em português, mas com o esforço e a dedicação de professores e alunos iremos avançar cada vez mais no resgate das histórias e tradições”, destacou o reitor.