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Trajetória do professor Antonio Venâncio é marcada por dedicação em levar educação ao interior do Amazonas

Trajetória do professor Antonio Venâncio é marcada por dedicação em levar educação ao interior do Amazonas

Um exemplo de dedicação. Filho do Rio Purus e nascido em uma barranca de rio, professor Antonio Venâncio promoveu a educação aos quatro cantos do estado do Amazonas.
por publicado: 12/01/2021 16h28 última modificação: 12/01/2021 17h04

Um exemplo de dedicação, filho do Rio Purus nascido em uma barranca de rio Antonio Venâncio promoveu a educação aos quatro cantos do estado do Amazonas.

Com mais de 20 anos de atuação no serviço público, o reitor do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), professor Antonio Venâncio Castelo Branco, contribuiu para levar o ensino a diferentes e distantes municípios do Amazonas, além de ministrar aulas nos cursos técnicos da instituição. O professor faleceu na noite da última segunda-feira (11), vítima de complicações da Covid-19.

Desde 2014 à frente da gestão do IFAM, Castelo Branco estava em seu segundo mandato e era responsável pela administração de 25.500 alunos matriculados nos cursos ofertados pelo Instituto e de 2.300 servidores técnicos e docentes, nas 16 unidades de ensino da capital e do interior do Amazonas, um Estado com dimensões continentais, como o gestor se referia ao tamanho do Estado e às dificuldades de logística para expandir a educação na região Amazônica.

Durante sua gestão, uma de suas maiores realizações foi a interiorização do ensino técnico no Amazonas. “Sonho com o dia em que haverá uma unidade do IFAM em cada barranca de rio”, almejava Castelo Branco, além de ter contribuído para a implantação e ampliação dos Institutos Federais nos Estados do Acre e em Rondônia.

 

Mesmo com as dificuldades logísticas de um Estado com uma cultura tão diversa e grandiosa, Castelo Branco encarou os desafios por céu, terra e rio para seguir em frente com o projeto de interiorização do ensino. Como o mesmo costumava mencionar, ele era "filho do Rio Purus, nascido em uma barranca de rio". O reitor do Ifam tinha orgulho de suas origens, um autêntico caboclo amazonense que tinha um especial apresso pela cultura indígena. Destemido e aventureiro, cruzou o Amazonas de ponta a ponta com a missão de promover a educação para a sustentabilidade na Amazônia.

   

Uma de suas últimas missões desafiadoras em prol da educação sustentável na Amazônia foi a ida a Boca do Acre para dar início à implantação de uma unidade de ensino no município, distante aproximadamente 1.565 quilômetros da capital amazonense. Castelo Branco junto com a comitiva enfrentaram mais de 15 horas de viagem entre travessias de balsas e dificuldades ao longo trecho da BR-319.

 

Ainda como parte de seu compromisso no serviço público, Castelo Branco não mediu esforços para contribuir no combate ao novo coronavírus, principalmente durante o primeiro pico da pandemia no Amazonas em 2020, quando os campi do Instituto produziram equipamentos de proteção individual e higiene, em especial álcool em gel e máscaras de proteção facial (face shild). Todos os itens produzidos foram doados à comunidade acadêmica do Instituto e a unidades de saúde do Amazonas.

 

Na época, o reitor afirmou que a ação era uma oportunidade para o Instituto devolver à sociedade o investimento que é feito na produção do conhecimento, por meio de servidores e alunos. “Aplicar o conhecimento acadêmico em favor do bem-estar da população, só corrobora com a valorização do conhecimento científico que, por sua vez, é validado quando aliado ao conhecimento tradicional. Isso é ciência, é educação para a sustentabilidade” destacou o gestor.

 

No decorrer de seus dois mandatos, Castelo Branco foi um ser humano íntegro, que honrou a comunidade do IFAM com seu trabalho incansável, dedicado e humano. Assim, deixa um grande legado para a educação do Estado do Amazonas.