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Aula de campo na comunidade Paraísinho

publicado: 01/10/2018 10h40 última modificação: 01/10/2018 10h40

    Na região amazônica a extração do látex que já estava presente nas comunidades nativas ganhou maiores proporções no final do século XIX, em especial na região Amazônica, a partir de 1870 com a ampliação de investimentos de capitais e com papel relevante no cenário econômico nacional. A emergência do Ciclo da Borracha foi incentivada quando o produto dos seringais do norte brasileiro alimentava a indústria capitalista internacional que havia incorporado a borracha em seus maquinários e mercadorias. Essa atividade econômica impulsionou a migração de cerca de meio milhão de nordestinos foram deslocados para a região. A concorrência da produção na região da Malásia, colônia inglesa, faz com que o preço internacional da borracha caia de maneira astronômica, derrotando a economia amazônica, que não conseguia livrar-se dos estoques produzidos antes do conflito, levando a grande maioria dos produtores à falência.

    A crise econômica que atinge a região causa uma grande mudança nos modos de vida da população que trabalhava e vivia da extração do látex, esse processo é abordado como plano de fundo da obra “A selva”, de Ferreira de Castro. A temática faz parte das discussões que foram realizadas pelos docentes no 4º Bimestre, assim a atividade consiste como primeira etapa do estudo da região amazônica, a partir do histórico-literário da obra “A Selva”, que teve como um dos cenários a comunidade de Paraisinho, antigo seringal Paraíso, localizado no rio Madeira, nas proximidades de Humaitá. A visita a esse local de memória e cenário da obra permite uma vivência da realidade descrita na obra, seu contexto histórico e o contraponto com o presente.

    Para as discentes Larissa, Geovana e Vanessa a visita à comunidade Paraisinho foi para vivenciar o local que inspirou o romance “A selva” de Ferreira de Castro que retrata a formação da cidade de Humaitá e, também a saga dos seringueiros, foi trabalhado o filme em sala de aula e durante a viagem um grupo composto por cinco alunos juntamente com o professor Jeferson explicou com detalhes proporcionando melhor compreensão , o Professor Marcos Serafim trabalhou na disciplina de literatura a obra citada acima, a Professora Juliana trabalhou o contexto histórico. A visita na comunidade foi muito produtiva pois conhecemos um pouco sobre a história do ribeirinho Sr. João, como era quando a seringa passou a perder seu valor, ele também nos levou a trilha, e alí percebemos o quão difícil era a vida dos seringueiros, pois as seringueiras eram muito distantes umas das outras, na trilha podemos perceber que, eles passavam por dificuldades, acordavam de madrugada para coletar o látex, e eram horas de caminhada correndo risco de ser picado por algum animal peçonhento, atacado por índios e principalmente o regime de escravidão em que os seringueiros viviam.

    Para o professor Marcos Serafim, da disciplina de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira ter trabalhado literatura regional com a culminância de uma vivência de campo nesta turma além de pessoas com deficiência e com transtorno foi uma experiência singular, para isto não poderia deixar de agradecer à Josélia, engenheira agrônoma, que conduziu a aluna cega fazendo a áudio-descrição de todo o ambiente, professora Alline, da disciplina de Educação Física, que conduziu a turma por uma trilha no antigo seringal. Também aos professores Jeferson e Franciana pela