O mapa é uma poderosa ferramenta que pode nos ajudar a entender melhor como o coronavírus, causador da Covid-19, se comporta. A relação entre Epidemiologia e Geografia não surgiu com esta pandemia, mas sim remonta ao final do século XVIII e, atualmente, o mapeamento de doenças, com uso das geotecnologias, é peça-chave para o seu controle e para tomadas de decisão em saúde pública. Além disso, os mapas representam uma fonte de informação de fácil entendimento para a população, de maneira visual, rápida e, às vezes, até interativa.

Os primeiros casos de Covid-19 no Estado do Amazonas foram notificados no dia 13 de março, na capital Manaus. Desde então, o vírus se propagou rapidamente e, dos 62 municípios amazonenses, apenas dois não notificaram casos da doença até esta data. Pelos mapas, observamos que o transporte fluvial é um dos principais meios de disseminação da Covid-19 no território.

O Amazonas é o 4º Estado brasileiro com maior número de casos confirmados (41.774, em 01 de junho) e o 6º em número de óbitos (2.071 em 01 de junho), com letalidade em torno de 5%. Porém, se considerarmos a proporção de casos confirmados e de óbitos a cada 100 mil habitantes, o Estado ocupa a 2ª e a 1ª posição no país, respectivamente (1.007,9 casos/100 mil habitantes e 49,9 óbitos por 100 mil habitantes)*. 

O mapa de círculos na cor laranja apresenta o número de casos confirmados e o de cor verde refere-se às proporções a cada 100 mil habitantes nos municípios, considerando os dados do dia 29 de maio. Já o mapa de calor apresenta as densidades dessas proporções. 

O intuito é, a partir dessas informações iniciais, aprofundar as análises com auxílio de dados demográficos e socioeconômicos a fim de compreender a pandemia do coronavírus enquanto fenômeno geográfico. 

*Fonte dos dados: https://covid19br.wcota.me/