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Campus Lábrea realiza curso sobre florestas manejadas na Amazônia brasileira

A ação extensionista é uma parceria entre o IFAM e o The New York Botanical Garden, dos EUA.
por Vanessa Sena publicado: 28/09/2015 11h04 última modificação: 29/09/2015 09h51

Para melhorar a identificação botânica de espécies arbóreas manejadas da Amazônia, o Instituto Federal do Amazonas-Campus Lábrea (IFAM-CLB) e The New York Botanical Garden (NYBG) realizaram o curso Identificador Florestal/Parabotânico para Florestas Manejadas na Amazônia Brasileira, destinado à qualificação de mão de obra, nos dias 11 de agosto a 18 de setembro deste ano.

A ação foi realizada via projeto de extensão do Instituto e teve 23 participantes, como comunitários das Reservas Extrativistas (Resex) do Rio Ituxi e Médio Purus, Associação dos Produtores da Assembleia de Deus do Rio Ituxi (Apadrit), Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Médio Purus (Atamp), técnicos da Secretaria do Meio Ambiente de Lábrea e membros da Associação dos Pequenos Moveleiros de Lábrea, além de discentes e egressos do Curso Técnico em Florestas e servidor técnico agropecuário do IFAM/Lábrea.

Alunos analisam espécies

A iniciativa é parte das ações do projeto A Better Baseline: Building Capacity and Resources for Forest Inventory in the Brazilian Amazon desenvolvido pelo NYBG, com apoio da Gordon and Betty Moore Foundation e do Acordo de Cooperação Técnica com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), e colaboração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Acre) que tem como um dos objetivos capacitar identificadores botânicos (popularmente conhecidos como mateiros), como forma de uniformizar procedimentos e melhorar o trabalho em florestas manejadas em diversas regiões da Amazônia brasileira.

Para o coordenador do projeto em parceria com o NYBG, professor Ricardo Bento, do CLB, o curso atendeu todas as expectativas dos participantes e pode revelar potenciais profissionais com o perfil não só da identificação botânica, como também, perfil para escalador e herborista. “Os recursos humanos formados possuem agora as ferramentas e os procedimentos necessários para identificar as espécies manejadas de forma correta, aspecto esse importante para dimensionar a diversidade da flora Amazônica, bem como utilizar o conhecimento adquirido de forma estratégica para a conservação das espécies florestais manejadas na região”, relatou.

Conforme Bento, a concretização da parceria com o NYBG foi fundamental para viabilizar financeiramente a realização do projeto de extensão.

Conteúdo e programação

O curso foi realizado em duas etapas, com carga horária total de 216 horas, compostas de aulas teóricas no CLB e de aulas práticas. Como parte do conteúdo programático foram ofertadas as disciplinas: Introdução à Identificação Florestal; Segurança no Campo; Inventário Florestal; Técnicas de Coleta e Herborização de Material Botânico; Introdução à Ecologia; Morfologia e Sistemática Vegetal Prática I; Identificação Macroscópica de Madeira; Morfologia e Sistemática Vegetal Prática II e os Guias de Campo (Dendrologia e Fotografia Digital).

As disciplinas foram ministradas por colaboradores do NYBG: Wendeson Castro da Silva, Herison Medeiros de Oliveira, Daniel da Silva Costa, Júlio Nauan Caruta do Rosário, Adriano da Silva Lima e Edilson Consuelo de Oliveira; Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro (LPF/SFB): José Arlete Alves Camargos e Luíz Fernando Marques; IFAM/Campus Lábrea: Júlio Ferreira Falcão.