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Antes de curricularizar é importante repensar como se faz extensão, afirma pesquisador durante palestra no IFAM

Antes de curricularizar é importante repensar como se faz extensão, afirma pesquisador durante palestra no IFAM

Antes de curricularizar é importante repensar como se faz extensão, afirma pesquisador durante palestra no IFAM
por publicado: 08/06/2021 15h56 última modificação: 08/06/2021 23h07

 

O professor e pesquisador Tomé de Pádua Frutuoso, diretor de Extensão do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) entre os anos de 2018 e 2019, foi o convidado da manhã de hoje (08) da live ‘Caminhos para Curricularização da Extensão’, palestra promovida em parceria entre as pró-reitorias de Extensão e Ensino (Proex e Proen) do Instituto Federal do Amazonas (IFAM).  O evento teve como objetivo discutir o processo de inclusão de ações de extensão na grade curricular dos cursos de graduação.

Conforme medida presente na Resolução do Conselho Nacional de Educação nº 7/2018, a previsão é de que as atividades de extensionistas devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária dos cursos de graduação das Instituições de Ensino Superior (IES). “Por que incluir extensão no currículo se a constituição brasileira diz que a extensão é indissociável? A legislação que inclui 10% no currículo vem para confirmar que, de fato, a indissociabilidade não acontece na prática. Ao longo dos anos, a extensão foi deixada de lado pelas IES, não se equiparando ao ensino e à pesquisa”, ressaltou o pesquisador.

A inclusão de atividades extensionistas na grade curricular busca fortalecer a extensão e proporcionar maior integração entre estudantes de graduação e a sociedade. “Um projeto de extensão tem que estar ligado à realidade de uma sociedade, um determinado grupo. Servidores ficam como mediadores entre alunos e sociedade. Os servidores são a ponte entre os impactos da formação discente e da transformação social”, disse.

O pesquisador destacou a importância de repensar como é feita a extensão e o atendimento às diretrizes de extensão do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Brasileiras (FORPROEX). “Antes de curricularizar é importante repensar como se faz extensão. Faz-se necessária a interação dialógica porque tem que haver diálogo com a sociedade. Um projeto de extensão sempre vai ser baseado em interdisciplinaridade e interprofissionalidade porque na vida real não compartilhamos nosso saber em caixinha. Todo projeto de extensão focado nas demandas da sociedade também vai ver todas essas ciências ao mesmo tempo, todos esses conhecimentos ao mesmo tempo” explicou.

Para a reitora em exercício do IFAM, professora Livia de Souza Camurça Lima, a palestra contribuiu para o Instituto repensar como executar as atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação. “O mais importante agora é a revisão dos projetos pedagógicos de cursos, trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria entre a Proen e a Proex. Não é um trabalho fácil, não é fácil mudar todo o nosso percurso e ter um pensamento diferenciado para que a gente possibilite a inclusão da extensão na realização dos nossos cursos. Agradeço a presença do professor Tomé com o compartilhamento de conhecimentos para que possamos ter um caminhar mais fácil sobre o entendimento da realização da extensão nos nossos cursos”, disse.

A palestra teve ainda a participação das pró-reitoras de Extensão e Ensino, professora Maria Francisca Moris de Lima e Rosangela Santos de Oliveira, respectivamente, e da coordenadora geral de Cursos Superiores, Evellyze Pinho. O evento foi gravado e está disponível no Facebook e no canal do IFAM no Youtube.