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NOTA IFAM
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Com os resultados das buscas e das perícias realizadas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM) se solidariza com os amigos e familiares do indigenista e funcionário da Funai, Bruno Pereira e do jornalista britânico, correspondente do jornal The Guardian, Dom Phillips, mortos covardemente por defenderem a preservação da Amazônia e os direitos difusos e coletivos dos povos indígenas.
O IFAM reafirma seu compromisso aos preceitos constitucionais da inviolabilidade do direito à vida e, consequentemente, o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas e o respeito a sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e aos direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam.
O IFAM manifesta repúdio e indignação com a desestruturação sistêmica e planejada de órgãos de controle como FUNAI, ICM-BIO, IBAMA cujos reflexos são o aumento de mortes de ambientalistas, indigenistas, lideranças de povos e comunidades tradicionais, aumento das queimadas, garimpo predatório e ilegal, grilagem, evasão de recurso naturais por meio de contrabando e narcotráfico. O IFAM continuará sua Missão de formar profissionais críticos com a atual situação com que vivem os povos tradicionais da Amazônia e contribuindo com desenvolvimento dos povos e da preservação da floresta e dos rios do Amazonas.
Lamentamos com profundo pesar a morte de Bruno Pereira e Dom Phillips. Entendemos que, as maiores vítimas da permanecia desse Estado de coisas são os 26 povos do Vale do Javari dos quais a maioria são os chamados índios isolados, que perfazem uma população estimada de 6,3 mil indígenas.
As palavras não são suficientes para amenizar a dor dos familiares de Bruno e Dom Philips e para expressar o sentimento de perplexidade revolta que estamos sentido, mas terminamos com um fragmento relevantes e significativo de João Melo:
“Nada vale como um Vale de lágrimas / Vale pela vida, pelo sangue do Mayoruna / Pelo riso dos Mati / Pelo viço dos Kulina / Pela arte dos Morubo / Pelo cacete de guerra dos Korubo / Pelo grito de guerra dos Kanamari”.