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Pesquisa identifica perfil socioeconômico e conhecimento de pescadores ribeirinhos

O projeto é desenvolvido pelo Professor Adriano Oliveira do Campus Manaus Centro
por publicado: 13/07/2016 14h08 última modificação: 13/07/2016 14h08

Uma das principais atividades da região amazônica, muito comum no interior do Estado e dividida em três eixos: ornamental, comestível ou comercial e esportiva, a pesca se tornou a principal finalidade de um projeto de pesquisa desenvolvido pelo professor Adriano Oliveira.

Intitulado “Perfil Socioeconômico e conhecimento etnoictiológico de pescadores do Médio Rio Negro, Amazonas”, a pesquisa é fomentada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), e tem o objetivo de descrever o perfil social, econômico e, principalmente, averiguar o conhecimento tradicional de pescadores sobre a pesca, a biologia das espécies e a percepção dos estoques naturais nos três eixos da atividade, nas cidades de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas.

Segundo Adriano, a pesquisa é desenvolvida com a aplicação de questionários que buscam extrair a percepção de pescadores da zona urbana e rural. “A partir dos resultados obtidos, será possível traçar esse perfil socioeconômico, bem como a percepção do conhecimento tradicional do pescador. Tudo isso tem por finalidade fornecer informações técnicas e científicas para auxiliar e subsidiar políticas públicas voltadas para o ordenamento pesqueiro na região, além de fomentar a inclusão e aplicabilidade dos conhecimentos das populações ribeirinhas nas pesquisas, tendo em vista a conservação dos recursos pesqueiros e melhoria da qualidade de vida dessas populações”, disse Oliveira.

O projeto é desenvolvido dentro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), no polo de Manaus e Presidente Figueiredo, onde alunos de graduação nas atividades de pesquisas, e professores que atuam como pesquisadores participam contribuindo com o estudo que está sendo realizado. Além deles, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) também é parceira desse projeto de pesquisa e contribui com a inserção de alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado, que vêm desenvolvendo suas atividades de pesquisa com o financiamento do Propesca/ Rio Negro – programa da Fapeam pelo qual o projeto está sendo desenvolvido.

Incentivo à pesquisa

O Programa de Apoio à Pesquisa sobre a Pesca no Rio Negro – Propesca/Rio Negro apoia a execução de projetos que contribuam com o desenvolvimento e melhoria da infraestrutura de pesquisas técnico-científicas na área da pesca, fornecendo suporte às políticas públicas para o setor pesqueiro em instituições vinculadas ao Governo do Estado do Amazonas.

De acordo com Adriano, o apoio da Fapeam vem desde quando ele era aluno e hoje, como profissional, ainda pode contar com os incentivos da instituição, que vem financiando o projeto de pesquisa nessa área que, nos últimos anos, cresceu consideravelmente na região.

“Os pescadores estão em contato constante com os recursos naturais, vivem a natureza rotineiramente e têm muito conhecimento sobre a biologia das espécies de peixes ornamentais, comestíveis e aquelas utilizadas na pesca esportiva. A partir desse conhecimento podemos saber sobre a biologia reprodutiva das espécies, o que comem, onde se alimentam, onde e em que época se reproduzem, onde nascem etc. Essas informações podem ser empregadas como forma de auxiliar a sustentabilidade e a conservação e manutenção dos estoques pesqueiros locais que são usados, há décadas, pelos ribeirinhos amazônicos”, finalizou Oliveira.

*Com informações da FAPEAM

Texto: Ada Lima/Agência Fapeam

Fotos: Divulgação

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