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Cecane/IFAM capacita indígenas e agricultores familiares

Curso realizado no Campus Eirunepé proporcionou ferramentas sobre como participar de chamadas públicas do PNAE.
por publicado: 14/12/2022 05h26 última modificação: 14/12/2022 05h26

Você sabia que 30% do orçamento destinado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve ser investido na aquisição direta de produtos oriundos da agricultura familiar? Infelizmente, muitos trabalhadores do campo desconhecem essa oportunidade de fornecer gêneros alimentícios com qualidade para a merenda escolar.

Pensando nisso, o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane/IFAM), visando o desenvolvimento da economia local e a desconcentração de renda regional, proporcionou a 32 agricultores familiares, sendo 11 agricultores familiares indígenas, o curso "Formação de agricultores familiares para acesso ao PNAE”, entre os dias 7 a 9 de dezembro, no IFAM Campus Eirunepé (distante 1.159km de Manaus).

Durante três dias, agricultores familiares e agricultores familiares indígenas das comunidades Paris I e II (Alto Juruá) e Vila Martins (Baixo Juruá, no rio Tarauacá) e das aldeias Três Boca Paraíso II (Alto Juruá) e Flexeiras (Baixo Juruá) conheceram o funcionamento do PNAE e aprenderam como elaborar um projeto de venda com fins de participação em chamadas públicas promovidas por entidades executoras, tais como: Secretaria Estadual de Educação, prefeituras ou escolas que visam a aquisição de gêneros alimentícios para a merenda escolar. O curso foi ministrado pelo professor Edmilson de Souza Gomes Junior.

Segundo o coordenador do Cecane/IFAM em Eirunepé, Dhiekson Xavier Souza, a procura foi grande e superou as expectativas. “Abrimos 30 vagas para poder proporcionar um bom curso e acabamos superando esse quantitativo, certificando ao final do curso 32 participantes. Vale destacar que o boca a boca feito por eles foi muito positivo, o que fez com que outras pessoas nos procurassem para participar também. Ao final do curso, o sentimento de gratidão e satisfação era algo dito por todos”, disse o coordenador.

Com 11 agricultores familiares indígenas participando da capacitação, Dhiekson Souza ressalta a carência na demanda por treinamento e qualificação nesse segmento da sociedade. “Infelizmente, os indígenas ainda não são tão participativos nestas políticas públicas em Eirunepé. Acredito que temos o dever de inseri-los em todos os projetos e cursos que venham a surgir. Eles têm produção agrícola e futuramente poderão fornecer para o município e para o estado. O que o Cecane trouxe a eles foi o know-how sobre como participar dos editais e chamadas públicas”, afirmando que para 2023 o desejo é estar in loco nas comunidades. “Nosso objetivo é ter a oportunidade de ministrar cursos e oficinas dentro das comunidades, assim conseguimos mitigar o problema com logística, deslocamento e acomodação dos cursistas”, salientou ele.