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NEABI promove II Semana da Consciência Negra e Indígena em Humaitá

publicado: 04/12/2018 17h15 última modificação: 04/12/2018 17h15

    O mês de novembro representa o reconhecimento da luta contra a desigualdade racial que subliminarmente está presente na sociedade brasileira, esse mês marca datas históricas importantes como o dia 20 de novembro, dia Nacional da Consciência Negra em homenagem a luta do movimento negro e também o dia 25 de novembro que é o dia internacional para eliminação da violência contra as mulheres.

    Trata -se de um momento de mobilizações de atividades na comunidade em geral, permeando a diversidade de valores e culturas, ao qual estamos inseridos, diante de tal contexto é de extrema importância repensarmos nossas ações diárias frente a toda discriminação que ainda acontece com os povos afrodescendentes e indígenas.

     A II Semana da Consciência Negra e Indígena: Conflitos e Territorialidade na Amazônia - Financiada pela Fundação de Amparo à pesquisa do Amazonas FAPEAM - trouxe para o debate a trajetória histórica dos movimentos sociais que lutam contra toda a discriminação, preconceito e pela justiça social. O evento homenageou o Mestre Moa de Katendê assassinado a facadas em Salvador na madrugada do dia 8 de outubro, a vereadora do rio Marielle Franco, mulher negra, homossexual, mãe, ativista dos diretos humanos e sociais que foi brutalmente assassinada em 14 de março, as comunidades Guarani – Kaiowá e Pankararu, que há décadas sofrem ataques sistemáticos e são vítimas da ação violenta de fazendeiros e do Estado, homenageou também o seringueiro Chico Mendes que no dia 27 de dezembro completa trinta anos de seu assassinato, o qual dedicou sua vida em defesa dos povos da floresta, com enfrentamento aos interesses do capital selvagem que visava destruir o território amazônico.

  Por meio desse evento viabilizou-se discussão das pesquisas relacionadas à vasta problemática que envolve a história e a cultura afro-brasileira e indígena junto aos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas – IFAM Campus Humaitá e Lábrea, das escolas estaduais e municipais de Humaitá, da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, da Universidade Estadual do Amazonas – UEA, da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, bem como da comunidade em geral.

 

Palestras, Oficinas, Minicursos, danças e exposições

      O evento teve início no período da tarde com a apresentação Cultural, com a performance e recital de poesia de Amanara Brandão e uma canção de Marcela Bonfim. Após a abertura iniciou-se a Mesa-Redonda sobre Protagonismo das mulheres: resistências nos diversos espaços sociais. As integrantes da mesa redonda foram as professoras e pesquisadoras, Rosangela Aparecida Hilário (UNIR), Marcela Bonfim (Fotógrafa Social), Yumi Garcia dos Santos (UFMG), e a moderadora foi a professora Inaê Nogueira Level (Seduc - MT). No período da noite foi debatido Povos indígenas: entrelaçando saberes e lutas com a professora pesquisadora Silvana Zuse (UNIR), o pesquisador Sully de Souza Sampaio da Fiocruz Amazônia e a professora do IFAM-Lábrea Claudina Azevedo Maximiano como moderadora.

    No segundo dia de evento o IFAM-Humaitá recebeu profissionais de diversas áreas que ministraram dezesseis oficinas e minicursos, conforme cronograma do evento. As oficinas foram visitadas pelos discentes do Centro de Educação de Tempo Integral – Tarcila Prado de Medeiros Mendes, da Escola Estadual Duque de Caxias e público em geral.

     Para a aluna do terceiro ano de Informática, Sheila Nascimento de Souza do 3, “a II Semana da Consciência Negra e Indígena foi um evento maravilhoso, pude aprimorar meus conhecimentos e aprender coisas novas. Participei de diversas atividades e sei da importância de um evento desse âmbito para a nossa instituição pois permite que nós, discentes, tenhamos uma visão ampla do assunto”.

    A discente Jennifer Farias avaliou positivamente a experiência de trabalhar na monitoria do evento “Para mim o evento foi muito legal e importante, estava bem organizado e os alunos que participaram tiveram um bom aprendizado e se divertiram em diversas atividades e oficinas, pois os palestrantes eram bem interativos com o público e isso facilitou a aprendizagem. Finalizo dizendo que como monitora desejo que tenha outra edição no próximo ano.

 

    Durante a Semana ainda ocorreu o debate na Mesa-redonda “Conflitos e territorialidades na Amazônia”, com o Coronel da reserva da Polícia Militar de Rondônia Rogério Tôrres Cavalcanti e com Francisco Kelvim Nobre da Silva representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Participaram do debate por meio de questionamentos os alunos e os pesquisadores presente, ao final foram doados livros pelos membros da mesa e organizadores do evento.  

      Na quarta-feira ocorreu ainda ocorreu A Feira Alternativa Popular que acolheu as iniciativas de empreendimentos populares e de economia alternativa para abrir as portas da universidade para comunidade em geral.  

 

    A semana encerrou-se com a exibição do filme “Martírio” lançado em 2016, e dirigido por Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, Tatiana Almeida e com rodas de conversa e apresentações sobre livros e autores Negros e Roda de Conversa sobre cotas.