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Ação de Extensão em comunidades ribeirinhas do Rio Purus

O objetivo da atividade era possibilitar a troca de experiências da instituição e moradores ribeirinhos.
publicado: 12/06/2024 15h49 última modificação: 12/06/2024 15h49

Ação de Extensão do IFAM Campus Lábrea é realizada em comunidades ribeirinhas do Rio Purus

 

 

 

Foi realizada na sexta-feira, dia 07/06/2024, uma importante ação de Extensão do IFAM Campus Lábrea. Intitulada ‘VISITANDO COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO RIO PURUS’, o objetivo da atividade era possibilitar a troca de experiências entre diversos seguimentos da instituição e ribeirinhos moradores de algumas comunidades localizadas ao longo do Rio Purus e, a partir da escuta desses sujeitos, propor ações, estratégias, projetos e programas, que contribuem com suas comunidades.

 

 

Na ação, estiveram presentes os docentes do Eixo de Recursos Naturais Emily Lira Simões, Juan Carlos Quintão e Sérgio Montese Alves; os coordenadores do Centro de Idiomas Maurílio Ramon Santos da Silva e Emília de Souza Arrua; o coordenador de Pesquisa Júlio César Meinhardt; o coordenador de Extensão Antonio Paulino dos Santos; o Diretor Geral Adelino Maia Galvão Filho, além da servidora Paula Tayara Cavalcante Lima e o colaborador terceirizado Francisco Ferreira da Silva.

 

 

Cumpridos todos os trâmites para realização da importante ação, às 6h30 de sexta-feira, a equipe desatracou do porto da feira municipal e “subiu” o Rio Purus rumo às comunidades (de cima) em meio a um nevoeiro (cerração) do amanhecer amazônico, típico desta época do ano.

                                         

A primeira comunidade visitada foi a chamada Vila Nazário, formada no barranco da Praia do Maciary onde ocorreu o“arrombamento” do Rio Purus. Naquela região, as águas barrentas do Purus, por diversas questões naturais, ambientais, geográficas e/ou geológicas contornou o barranco mudaram o curso natural do rio, deslocando parte da Praia do Maciary para o meio do rio, mudança a dinâmica da região e duplicando o curso rio na região.

Diante desse contexto, significativas mudanças foram realizadas, inclusive quanto à mudança das residências para o lado do barranco e uma nova realidade. Ali conversamos com seu João e seu Nazário, que contaram suas aflições, desejos e expectativas, além da visita a áreas de plantações, compreendo o reinício dessas famílias.

 

 

 

 

Subimos o rio, tentando entender a nova dinâmica das águas do Purus, até a Praia do Cassianã, onde conversamos com o seu Antônio “Bagué” Franco, que falou das dificuldades para a agricultura, a mudança do local de cultivo das áreas de várzea, , pelo fato do fenômeno ocorrido no Maciary ter influenciado diretamente a parte da Praia do Cassianã, transformando o rio em lago, elevando a temperatura das águas, não permitindo a sobrevivência dos peixes.

Toda essa problemática está direcionando algumas famílias do Cassianã a se mudarem para a Vila Nazário a fim de possibilitar escola para os filhos e aproveitar os recursos disponibilizados.

Descendo o rio, nossa próxima parada foi a Praia do Maciary, ou melhor, a metade da praia que não foi atingida pelo “arrombamento” do rio. Vários moradores não foram atingidos e continuam sua vida normal naquela localidade. Visitou-se vários agricultores, inclusive um dos professores que tem uma plantação de roça nas proximidades da escola.

              

A questão educacional foi bastante afetada com o fenômeno natural, a escola do Maciary ficou com apenas 10 alunos; os demais 60 foram direcionados para a Vila Nazário, que recebeu uma escola nova.

Continuando as visitas, foi chegado o esperado momento da Praia do Gado, por muitos chamada apenas de Boca do Ituxi, por esse afluente do Purus ser bem em frente à praia.

Na Praia do Gado, seria também o nosso almoço! (Risos)

       

Nos apresentamos na escola, onde a equipe do Centro de Idiomas, após o belo trabalho no Maciary, fez as suas ponderações e considerações com os alunos e o professor nos indicou uma das coordenadoras da comunidade, dona Artemiza Paiva, que explicou a equipe a dinâmica da comunidade, suas expectativas futuras, dentre outras observações.

Após o intervalo do almoço realizado na Praia do Gado e certo descanso, nos deslocamos até o Bosque (também chamado Ilha da Onça e/ou Comunidade do Carmelito).

       

Já eram mais de 14h quando atracamos na comunidade e participamos de conversa na Escola, com os estudantes do Ensino Fundamental II, sob suas perspectivas. Na sequência, conversa com agricultores e líderes da comunidade para compreensão da produção e outras atividades. Pelo avançar do horário não foi possível realizar a atividade na Praia de Lábrea.

Nos deslocamos diretamente para a Praia do Pirão, na parte “de baixo” do rio, no sentido Canutama. A equipe do Centro de Idiomas seguiu para o final da praia onde se encontra a escola, a fim de entender a dinâmica educacional na comunidade e os demais ficaram em entrevista com o agricultor Ernanes que inclusive é egresso do curso Técnico em Agropecuária do IFAM.

       

Ao final, ao regressarmos para a cidade, a certeza de uma atividade relevante para a construção de ações, estratégias, projetos ou programas que venham ao encontro das necessidades das populações tradicionais dessas comunidades e, neste interim, agradecemos a todos aqueles que possibilitaram a realização desta atividade onde a escuta revelou uma infinidade de propostas que certamente serão implementadas.

       

É o IFAM campus Lábrea atuando para a consolidação do Ensino, da Pesquisa e da Extensão na região do Médio Purus, conforme assevera sua missão institucional.