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Campus Itacoatiara realiza estudos para intervenção técnica em comunidades rurais do município

publicado: 24/08/2015 11h33 última modificação: 29/05/2020 13h27

Nos próximos dias, o IFAM campus Itacoatiara estará concluindo, por meio de seus profissionais, a sistematização dos resultados obtidos a partir de um estudo inicial realizado com as comunidades rurais do Rio Arari, no município de Itacoatiara, que foi motivado por solicitação dos próprios moradores da região. A intenção da equipe de profissionais do instituto é elencar o máximo de dados acerca da aptidão agropecuária da localidade em estudo, a fim de identificar qual é o curso mais adequado de formação técnica a ser implementado com aquele público.

 

Diagnóstico da região

Nos dias 04 e 05 de agosto, atendendo uma demanda de comunitários da região denominada Rio Arari, em consonância com a política de interiorização do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, inerente, por conseguinte, ao campus Itacoatiara, no que se refere a melhorias na aproximação entre o referido instituto e o público de discentes oriundos de comunidades mais distantes dos centros urbanos, foi deslocada até a referida região uma equipe de profissionais do IFAM - Itacoatiara, formada para atender tal demanda. O principal objetivo da presença da equipe em questão era organizar um evento in loco para diagnosticar tanto a identidade sócio-política, quanto a potencialidade das atividades agrícolas dos integrantes da região interiorana do Rio Arari, a fim de, mais tarde, subsidiar a criação de um projeto de implementação de cursos técnicos, ações de Extensão ou ainda outro tipo de formação continuada a partir da caracterização do público-alvo e suas peculiaridades produtivas, agregando, inclusive, melhorias na geração de renda. A comissão de profissionais do instituto dispunha de um zootecnista, Rondon Tatsuta (presidente da comissão); de uma técnica em agropecuária, Deilce Muca; de um agrônomo, Andrey Luis Bruyns (responsável pelo calendário sazonal); de um médico veterinário, Sandro Ferronatto (responsável por observações e outros registros); de uma assistente social junto com uma pedagoga, Iêda Diniz e Wandinalva Fernandes (responsáveis pelos questionários); de um cientista social e de um filósofo, Vinícius Jhon e Francisco Reis (responsáveis pela problematização do caso); além dos professores Marcelo Silva (responsável pelo mapeamento participativo), Erick Almeida (do departamento de ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação do campus) e Salomão Barros (do setor de comunicação), acompanhados pelo diretor do campus Allen Bitencourt.

 

O evento na localidade

A comissão de estudo do campus Itacoatiara saiu da sede da cidade, por volta das 07h, chegando ao destino, às 10h. O evento aconteceu no local de reuniões da comunidade São João do Araçá (SJA), onde estiveram presentes, junto com grande parte dos moradores do lugar que sediou a reunião, os representantes de outras localidades do Rio Arari, entre as quais: Viva bem, São Francisco, Santa Tereza, Bacabal, Chocolateira e São Francisco do Tapaiuna. Ainda na manhã do primeiro dia, foi realizada a abertura do encontro pelo presidente da comunidade SJA, Sr. José João, que recepcionou os presentes e ressaltou a relevância do momento. Um dos aspectos de destaque da ocasião foi a apresentação do Instituto Federal de Educação do Amazonas, organizada pelo diretor geral Allen Bitencourt, o qual falou da estrutura do campus, da política educacional e dos desafios existentes. Outro ponto relevante da reunião foi a metodologia adotada pela comissão de estudos, que proporcionou a interatividade entre todos os participantes. Nesse mesmo dia, a comissão do campus foi conduzida pelos comunitários a alguns locais de plantio e produção agrícolas, onde puderam juntos conferir a ocorrência de pragas que têm provocado prejuízos nas lavouras. Dentre os males encontrados, os técnicos do IFAM puderam avaliar preliminarmente o que seriam tipos de fungos, como a Sigatoka-negra e o Mal-do-Panamá, além de possíveis deficiências no solo do lugar. Conforme a observação da comissão do IFAM, no decorrer dos dois dias de estudo, há uma multiplicidade de detalhes, que vão desde a maneira de manejo do solo e dos produtos, o seu escoamento, a logística envolvida, o tipo de atividade do campo (piscicultura, agricultura, apicultura, pecuária), a tecnologia utilizada, a legislação vigente etc., os quais necessitam de tempo para serem descritos e confrontados com a avaliação profissional do grupo, visando à concretização dos objetivos pretendidos pelas partes interessadas.

 

Conclusões preliminares

A partir do método de levantamento de dados, denominado de FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) – do modelo americano: SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats) – utilizado pela comissão, que possibilita não somente uma coleta de informações com o mínimo de distorção da realidade, mas também o planejamento de soluções para obstáculos identificados, a comissão julgou bastante proveitoso o trabalho inicial em questão. De posse de todos os registros fornecidos pelas respostas dos comunitários, pelas discussões em conjunto, pelas percepções particulares dos membros da equipe e pelos questionários escritos, a priori, há uma conclusão que aponta para ótimas estratégias de intervenção técnica do Instituto Federal de Educação do Amazonas. Segundo o presidente da comissão, o zootecnista Rondon Tatsuta, as possibilidades de colaborar para o aprimoramento das atividades vocacionais da região em estudo são diversas, entre elas, a curto prazo: cursos de Extensão e formações continuadas com carga horária menor, e a longo prazo: cursos técnicos de modalidade subsequente. Para Tatsuta, o efeito de algumas orientações técnicas será imediato, já que há carências, em muitos dos casos, simples de resolver, como uma mera dose de vermífugos, obedecendo aos prazos, e uma adubação adequada do solo. Enfim, há que se esperar a mensuração dos dados e seu exame concluído para que se avancem as próximas etapas do processo de análise da região e sua respectiva vocação laboral. O retorno do IFAM – Itacoatiara às comunidades rurais está marcado para o próximo dia 18 e, em seguida, o encaminhamento para uma provável audiência pública acerca da situação.